SURDOCEGUEIRA - DMU
v No
que se diferencia a Surdocegueira e a DMU.
A pessoa que nasce com surdocegueira ou
que fica surdocega não recebe as informações sobre o que está sua volta de
maneira fidedigna, ela precisa da mediação de comunicação para poder receber,
interpretar e conhecer o que lhe cerca.
Seu conhecimento do mundo se faz pelo
uso dos canais sensoriais proximais como: tato, olfato, paladar, cinestésico,
proprioceptivo e vestibular.
Na deficiência Múltipla não garantimos
que todas as informações muitas vezes chegam para a pessoa de forma fidedigna,
mas ela sempre terá o apoio de um dos canais distantes (visão e ou audição)
como ponto de referência, esses dois canais são responsáveis pela maioria do
conhecimento que vamos adquirindo ao longo da vida.
Resumindo, a diferença está na mediação da
comunicação para poder receber, interpretar e conhecer o que lhe cerca. O
surdocego precisa desse mediador bem próximo enquanto a pessoa com DMU terá o
apoio de um dos canais só que mais distantes.
v
Necessidades básicas.
A partir e por meio do
corpo, o homem descobre o mundo e a si mesmos, portanto é extremamente
importante favorecer o esquema corporal ao trabalhar as necessidades
específicas das pessoas com surdocegueira e com Deficiências Múltiplas.
Para que estas pessoas
possam se auto perceber e perceber o mundo exterior deve buscar a sua
verticalidade, equilíbrio postural, a articulação e movimentos; o aperfeiçoamento
das coordenações viso motora, motora global e fina; e o desenvolvimento da
força muscular.
Mesmo quando a
deficiência predominante não é na área intelectual, todo trabalho com o aluno
com deficiência múltipla e com surdocegueira implica em constante interação com
o meio ambiente. Este processo interacional é prejudicado quando as informações
sensoriais e a organização do esquema corporal são deficitárias.
Prever a estimulação e
a organização desses meios de interação com o mundo deve fazer parte do plano
de AEE.
Existem alguns recursos para a aprendizagem de alunos com surdocegueira e
Deficiências Múltiplas, dentre os quais podemos citar Objetos de referência,
caixas de antecipação e calendários.
Ø
Necessidades dessas crianças:
Ser olhada como criança;
Ser olhada como alguém que pode aprender;
Ser considerada como potencialmente bem sucedida;
Sentir que a família e a escola têm expectativas positivas em relação a ela.
Ser olhada como criança;
Ser olhada como alguém que pode aprender;
Ser considerada como potencialmente bem sucedida;
Sentir que a família e a escola têm expectativas positivas em relação a ela.
v Estratégias
utilizadas para aquisição da comunicação.
Para as pessoas com surdocegueira e ou
com deficiência múltipla dividimos a comunicação em Receptiva e Expressiva,
para favorecer a eficiência da transmissão e interpretação.
A comunicação receptiva ocorre quando
alguém recebe e processa a informação dada por meio de uma fonte e forma
(escrita, fala, Libras e etc). A informação pode ser recebida por meio de uma
pessoa, radio ou TV, objetos, figuras, ou por uma variedade de outras fontes e
formas.
No entanto, comunicação receptiva
requer que a pessoa que está recebendo a informação forme uma interpretação que
seja equivalente com a mensagem de quem enviou tentou passar.
A comunicação expressiva requer que um
comunicador (pessoa que comunica) passe a informação para outra pessoa.
Comunicação expressiva pode ser realizada por meio do uso de objetos, gestos,
movimentos corporais, fala, escrita, figuras, e muitas outras variações.
REFERÊNCIAS:
BOSCO, Ismênia C.M.G; MESQUITA, Sandra R.S.H; MAIA, Shirley R. Coletânea
UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar –
Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla.
Estefânia, o que mais me chamou mais atenção nas leituras é que por mais difícil que seja a comunicação da pessoa com surdocegueira, ela acontece. Por isso é indispensável que um sistema de comunicação alternativa seja implementado desde cedo. Abraços
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