sábado, 30 de novembro de 2013

                                               Descrição e  Audiodescrição



Reprodução da audiodescrição da imagem "O Violeiro", pintada por José Ferraz de Almeida Júnior em 1899. A audiodescrição abaixo foi feita por Ernani Nunes Ribeiro, e publicada na edição 02 da Revista Brasileira de Tradução Visual, em 2010. Convido você a primeiramente ler as notas proemias e depois a audiodescrição. Ao terminar a leitura observe  a imagem abaixo.


"O Violeiro" - José Ferraz de Almeida Júnior, 1899

Notas Proemias: Reconhecido por pintar pessoas simples do cotidiano do interior de São Paulo José Ferraz de Almeida Junior (1850-1899), ilustra a capa do volume II da Revista Brasileira de Tradução Visual, tanto como homenagem aquele pintor, quanto como um exemplo de audiodescrição aplicada às imagens estáticas.

Audiodescrição: Sentado no batente de uma janela de uma casa de sapê um homem branco toca viola. Do batente para cima a parede está rebocada e pintada com cor amarela. Do batente para baixo vê-se estrutura de barro e madeira comum as casas de pau-a-pique. O violeiro está com as costas apoiada no umbral esquerdo da janela, usa um chapéu marrom cuja parte frontal da aba esta dobrada para cima enquanto a atrás, a aba esta dobrada para baixo. Ele veste uma camisa xadrez em tons de cinza e branco e calça clara.  Do lado de fora da casa, em pé, uma mulher está encostada no umbral direito da janela. A mulher, com cabelo preto preso em coque, está com o rosto olhando para a direita, em direção às mãos do violeiro. Ela esta com os lábios entreabertos. A mulher veste uma blusa vermelha comprida que cobre parte de uma saia marrom. A blusa tem bolinhas brancas e mangas largas e longas cobrindo a metade do antebraço. Ao pescoço, a mulher trás um lenço branco com listras vermelhas. Com a mão direita segura uma extremidade do lenço e com a outra, segura a extremidade esquerda. 


Temos como importantes características da descrição de imagens, a tradução 

em palavras, a construção de retrato verbal de pessoas, paisagens, objetos, 

cenas e ambientes, sem expressar julgamento ou opiniões pessoais a 

respeito. Esta descrição deve contemplar os seguintes requisitos: 

1. Identificar o sujeito, objeto ou cena a ser descrita - O que/quem; 

2. Localizar o sujeito, objeto ou cena a ser descrita Onde; 

3. Empregar adjetivos para qualificar o sujeito, objeto ou cena da descrição Como; 

4. Empregar verbos para descrever a ação e advérbio para: 

- Descrever as circunstâncias da ação - Faz o que/como; 

- Utilizar o advérbio para referenciar o tempo em que ocorre a ação - Quando; 

5. Identificar os diversos enquadramentos da imagem


O uso pedagógico da atividade da audiodescrição, implica:

• proporcionar que alunos com deficiência  Visual tenham acesso aos conteúdos escolares, no mesmo tempo em que o restante da turma; 

• minimizar ou eliminar as barreiras presentes nos meios de comunicação que se interponham ao acesso à 
educação, tais como aquelas presentes no acesso a materiais bibliográficos, imagens e vídeos;  

• favorecer o acesso a atividades lúdicas como as historia em quadrinhos , visando trabalhar conceitos, personagens, compreensão, interpretação e produção textual através das descrições






(RIBEIRO, Ernani Nunes. A IMAGEM NA RELAÇÃO DE EXPRESSÃO COM O TEXTO ESCRITO).
Fonte: Inclusão em Debate

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

JOGOS E ATIVIDADES – DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Para Kishimoto (2003), a construção do conhecimento por um aluno com deficiência intelectual é mais complexa, portanto, os profissionais da área educacional devem valorizar a prática lúdica, entendendo que o jogo pode ser um grande aliado no ato de ensinar de forma vivencial, pois desde os primeiros anos de vida, os jogos e as brincadeiras são nossos mediadores na relação com o mundo. O educador, ao desenvolver sua prática pedagógica empregando o lúdico com crianças deficientes intelectuais, precisa entender que todo esse processo irá contribuir para o desenvolvimento do seu potencial, mas somente se houver estimulação adequada.
O desenvolvimento de uma criança com deficiência intelectual, por meio de atividades lúdicas, irá contribuir para sua coordenação motora, suas habilidades visuais e auditivas e seu raciocínio criativo, pois os jogos em geral tornam-se um momento rico de relações interpessoais, pois é no brincar que elas demonstram seu entendimento do mundo real, expressam seus sentimentos, sendo uma atividade fundamental para seu desenvolvimento.
Zonta, A. P. A., Mesquita, D. M. B., da Silva, M. J., & Brassal, M. H. G. IMPORTÂNCIA DO JOGO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL.


                          
O Jogo da Memória Visual é um dos jogos mais divertidos e importantes para o desenvolvimento mental das crianças.  É a capacidade de olhar para uma forma, objeto, número ou letra e lembrar-se dela. Esta é uma habilidade importante que é necessário com toda a aprendizagem e é afetada pela atenção, concentração e capacidade de observação. Crianças com dificuldade de memória visual  costumam ter problemas leitura e escrita.
                              




ATIVIDADES DE MEMÓRIA VISUAL

Ø  Mostrar objetos, fotos, brinquedos, blocos coloridos, etc por alguns segundos, remover e depois perguntar o objeto retirado

Ø  Desenhar uma letra, palavra ou forma e pedir a criança para copiar depois de ter sido removido.

Ø  Mostrar um grupo de gravuras para a criança de 3 a 8 segundos. Cobri-los ,remover uma ou duas gravuras do grupo e depois perguntar o nome dos objetos retirados.

Ø  Pedir a criança olhar para uma imagem, em seguida, removê-lo e tê-la descrever os detalhes.

Ø  Jogo de Memória.




domingo, 15 de setembro de 2013

               


Recursos de Comunicação Alternativa






RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA:
  Pranchas de comunicação - As pranchas de comunicação podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário.
Essas pranchas podem estar soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar, apontar ou ter a informação apontada pelo parceiro de comunicação dependendo de sua condição motora.

www.comunicacaoalternativa.com.br/recursos-na-caa‎.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

COMUNICAÇÃO AUMENTATIVA ALTERNATIVA ( CAA)

                  
Os alunos com impedimentos na comunicação nem sempre participam dos desafios educacionais, porque os professores desconhecem estratégias e alternativas de comunicação. Para garantir a esses alunos meios de expressarem suas habilidades, dúvidas e necessidades, faz-se necessário descobrir meios de compreender de que forma eles estão processando e construindo conhecimentos.
Como fazer para ampliar ou promover uma via alternativa de comunicação para esses alunos?
Existe uma área de conhecimento chamada Tecnologia Assistiva (TA), que trata da resolução de dificuldades funcionais de pessoas com deficiência. A TA visa solucionar problemas de mobilidade, autocuidado, adequação postural, acesso ao conhecimento, produção de escrita entre outros.
A área da TA que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA).

"A Comunicação Aumentativa e Alternativa é destinada a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever" (BERSCH & SCHIRMER, 2005).

A CAA possibilita a construção de novos canais de comunicação, através da valorização de todas as formas expressivas já existentes na pessoa com dificuldade de comunicação. Gestos, sons, expressões faciais e corporais devem ser identificados e utilizados para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: Sim, Não, Olá, Tchau, Dinheiro, Banheiro, Estou bem, Tenho dor, Quero (determinada coisa para a qual estou apontando), tenho fome e outras expressões utilizadas no cotidiano.
Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos recursos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, dependendo da maneira como for utilizado, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação.
Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário.

(Fascículo 6 - Recursos Pedagógicos Acessíveis e Comunicação Aumentativa e Alternativa)


sábado, 3 de agosto de 2013

Reflexão sobre o papel do professor do AEE


REFLEXÃO SOBRE O PAPEL DO PROFESSOR DO AEE

        O papel do professor do AEE na escola e na sala de SRM é atuar, como docente, nas atividades de complementação ou suplementação curricular específica que constituem o atendimento educacional especializado; atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para a definição de estratégias pedagógicas que favoreçam o acesso do aluno com deficiência ao currículo e a sua interação no grupo; promover as condições de inclusão desses alunos em todas as atividades da escola; orientar as famílias para o seu envolvimento e a sua participação no processo educacional; informar a comunidade escolar a cerca da legislação e normas educacionais vigentes que asseguram a inclusão educacional; participar do processo de identificação e tomada de decisões acerca do atendimento às necessidades especiais dos alunos; preparar material específico para o uso dos alunos na sala de recursos; orientar a elaboração de material didático-pedagógico que possam ser utilizados pelos alunos nas classes comuns do ensino regular; indicar e orientar o uso de equipamentos e materiais específicos e de outros recursos existentes na família e na comunidade e articular, com gestores e professores, para que o projeto pedagógico da instituição de ensino se organize coletivamente numa perspectiva de educação inclusiva.
O acompanhamento do AEE se organiza a partir de um plano de atendimento educacional especializado que o professor deve elaborar com base nas informações obtidas sobre o aluno e a problemática vivenciada por ele através do estudo de caso. É de grande  importância à realização desse estudo de caso, que nos impulsiona para o plano de AEE, como forma de garantir a constituição de uma ação educacional, tanto para o professor do AEE, para o regente, pedagogos e coordenadores, que juntos irão debruçar sobre os objetivos, a metodologia e os recursos humanos e materiais, como a (re) avaliação  assegurando ações necessárias para o desenvolvimento da aprendizagem e atendimento às necessidades especifica do aluno em questão. De posse de todas as informações sobre o aluno, bem como dos recursos disponíveis na sala de aula, na escola, na família e na comunidade, o professor do AEE elabora seu plano.
Para elaborar o plano, o professor mobiliza os diferentes recursos disponíveis e faz uma articulação com o professor do ensino comum. O professor do AEE prevê um determinado período para o desenvolvimento do seu plano, ao término do qual ele fará uma avaliação no sentido de redimensionar suas ações em relação ao acompanhamento do aluno. O acompanhamento é, essencialmente, o desenvolvimento e a avaliação do plano de AEE.
No AEE, o professor necessita primeiramente conhecer os objetivos educacionais propostos pelo professor da sala comum, observar o aluno na realização das atividades e identificar as BARREIRAS que limitam ou impeçam a sua participação. Onde os objetivos traçados no plano de AEE se referem à superação destas BARREIRAS identificadas no processo de avaliação.
No AEE avaliaremos o quanto o aluno se apropriou de determinado recurso e se tornou competente na sua utilização. Na sala de aula, avaliaremos se os recursos propostos pelo AEE possibilitaram ao aluno atingir os objetivos escolares propostos pelo professor da classe comum.


terça-feira, 28 de maio de 2013


Eu, tu, ele... seres em construção!

Que bom que tenho consciência

Do ser que sou, fragmentado
Alguém sempre em construção
Imperfeito, incompleto, inacabado


Que bom que tenho consciência
Que o crescimento é parcelado
E que quanto mais eu aprendo
Nunca estou, por completo, "terminado"


Que bom que a mim é dado
A oportunidade de corrigir, de ser reciclado
De investir no que acho que está certo
E corrigir, tentar mudar o que está errado

Que bom que a mim é dado
A oportunidade de ser renovado!...

Mena Moreira





quinta-feira, 23 de maio de 2013

EAD Vídeos sobre Tecnologia

O vídeo Help Desk na Idade Média nos mostra o medo de enfrentar o novo, das mudanças, de se perder. É comum nos depararmos com situações semelhantes a essa, portanto é necessário ter coragem para desafiar o novo. Muitas vezes, perdemos oportunidades por não termos atitudes desafiadoras. Isso já não acontece com o vídeo do Rafinha 2.0, pois a tecnologia invadiu e dominou a geração de agora e para conseguirmos acompanhar essa geração precisamos de muito estudo, dedicação, curiosidade e habilidade em aprender a explorar de forma criativa a tecnologia. 
Vale a pena assistir e refletir aos vídeos abaixo selecionados é interessante e nos mostram o mundo da tecnologia.

  •  Help Desk na Idade Média

http://www.youtube.com/watch?v=IJq-x2Vrv8c

ü                            Rafinha 2.0

http://www.youtube.com/watch?=UI2m5KVrvg&euri=http%3A%2F%2Ftdeduc%2Ezip%2Enet%2F

ü      Web 2.0

          http://www.youtube.com/watch?v=X4n90pO-kRk
ü                            Did You Know 2.0

http://www.youtube.com/watch?v=I47Hcc7HHOM

ü      Shift Happens

http://www.youtube.com/watch?v=fhnWKg9B2-8

quarta-feira, 22 de maio de 2013


 *EAD Pesquisa sobre AEE- EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Entender Inclusão Escolar x Escola Inclusiva retratada nesse site é interessante, pois, o termo educação inclusiva presume a intensão da escola de atender a diversidade total das necessidades dos alunos nas escolas comuns.
Observa-se que isto pode ser alcançado através de um ambiente de aprendizagem com grandes expectativas a respeito de seus alunos. Assegurar o direito à diferença é ensinar a incluir e, se a escola não tomar para si esta tarefa, a sociedade continuará perpetuando a exclusão nas suas formas mais sutis e, certamente a educação, um processo a mais, que nos desumaniza.
A partir das ideias do texto, estão disponíveis no site www.assistiva.com.br, vários textos que convidam a uma reflexão mais aprofundada sobre as bases da Inclusão Escolar.
Para saber mais: Links para Publicações e Textos (arquivos em formato PDF - requerem leitor tipo Adobe Reader):

terça-feira, 21 de maio de 2013

As conquistas e dificuldades em ser um aluno a distancia

                 
Título: Realizando Sonhos


Cursista: Estefânia Soares de Castro Nogueira

Município: Fortaleza

O presente relatório apresenta reflexões a respeito das conquistas e dificuldades em ser uma aluna a distância deste curso.
Ser uma aluna a distância da EAD com especialização em AEE é para mim uma grande conquista. Há um bom tempo procurava realizar esse sonho e nessa busca incessante me deparo hoje nesse desafio.
Fazer esse curso a distância já é resultados de mudanças na minha vida cotidiana. Sinto a necessidade de buscar novos conhecimentos, pois a ciência e a tecnologia têm avançado muito rápido, no entanto, preciso estar sempre me atualizando.
Com base nos textos lidos de José Manuel Moran, foi possível refletir que um bom curso a distância depende de um conjunto de fatores previsíveis e de uma “química”, uma forma de juntar os ingredientes que faz a diferença... O curso AEE é para mim essa forma de juntar esses ingredientes de novas aprendizagens e conhecimentos em que, estou aberta para lidar com esse ambiente de estudo diferenciado. Foi possível também refletir sobre as facilidades e dificuldades ressaltadas em que um bom curso a distância apresentam.
Dentre as facilidades do curso posso citar: a praticidade, uma maior conveniência de horários e locais para estudar, a troca de motivação/experiência entre colegas e tutor, o método respeitando a autonomia do aluno que prepara sua própria rotina de e constrói seu aprendizado com mais liberdade, transparência, profissionalismo e compromisso.
Quanto às dificuldades, percebi que durante meu processo inicial tive dificuldades de tempo, de organização e planejamento sobre quando e como estudar, já que para mim é uma experiência nova da qual não tinha o domínio de como atuar. Como também a de sentir falta da presença física do professor para esclarecer as dúvidas encontradas naquele momento. As dificuldades são e serão inúmeras, pois em pleno processo de mundo informatizado, saber manusear computadores, blogs sites e e-mails, para mim ainda é um tanto difícil ter que lidar com tantas informações, mas nada que seja impossível.
Até o presente momento só tenho a ganhar enquanto aluna de um curso a distância, pretendo aproveitar o máximo as oportunidades que a EAD proporciona e vencer os desafios que toda nova experiência oferece.

                                                    Estefânia